a pedra do oratorio do frade fica bem proximo a região portuaria e pode ser vista por muitos que circulam pelas aproximidades da baía de vitoria.
no alto da montanha existe uma pedra de formato redondo que parece que vái se desprender-se lá do alto e rolar matando moradores proximos (bairro são torquato)
a pedra possui uma grande parte (lado direito) coberto por mata atlantica...........essa mata ainda existe porque fica em area particular,propriedade dos irmãos caus.são 3 grandes chácaras divididas entre os irmãos e os mesmos preservam a area (bairros são torquato,alvorada e alecrim) no local ainda encontra-se muitas especies de animais,plantas e arvores frutiferas.o restante da pedra é circulado por bairros (paul,são torquato,chacara do conde,argolas,sagrada familia,vila garrido e pode haver mais bairros) e não possui mata atlantica,somente capim e rocha.
no passado a parte da frente da pedra ficava quase que dentro da agua do mar e foi aterrado para construção de são torquato,no passado ainda mais distante a pedra era toda circulada por agua.
e esse nome são torquato?
era um padre e fazia orações no alto da pedra (por isso são torquato) o oratorio ainda possui a inicial do seu nome gravado.
como ele subia lá?
o caminho é feito pelo bairro argolas,descendo uma rua apos a praça de vila garrido e depois subindo a ladeira até a plantação de capim (passando em meio ao capim)
porque quase ninguem fala do local?
preconceito.......região muito pobre e as pessoas não sobem no morro(aventureiros e fotografos) o que é uma pena pois do oratorio se tem uma vista incriiiivel da grande vitoria.
aqui eu deixo um texto contando mais um pouco da historia do lugar
À margem sul da Baía de Vitória, depois
do Morro de Argolas, cinge-se a cumiada do Frade a dominar as elevações
vizinhas, até o Moreno.
De escarpas rochosas, a pique, oferece
uma única subida por noroeste, descampada até quase ao alto, onde o
capim gordura viceja nos largos tratos invadidos pelos cerrados e
capoeirões, paraíso das palmáceas espinhosas, muscíneos e pinões. Pela
qualidade do terreno, delgada capa de terra sobre rochas, não parece
propício ao desenvolvimento das grandes espécies vegetais. As maiores
espécies são representadas pela brejaúba, judeu e cobi, escapos à
preguiça dos homens, que até eles não ousaram levar os seus machados,
permitindo-lhes refúgio no pequenino oásis junto ao cume.
De perfil irregular, maciço, o Frade não
se apresenta propício a culturas e a não ser insignificante plantação
de bananeiras, em uma de suas faldas, outra não se encontra, embora
sejam notados, no pico, vestígios de antiga plantação de milho, que não
logrou se aclimatar ao solo resseco e vergastado pelo vento sul.
A não ser um grupo de pedras a
destacar-se na linha superior do cume, nada notável há de assinalar. Do
grupo uma se destaca pelo tamanho e harmonia de forma, lembrando um leão
em repouso, não faltando um belo tufo de bromeliáceas para compor-lhe a
juba. Chama-se pedra do Oratório.
Por uma festiva manhã de domingo, dia de
regatas, uma expedição foi subir ao Oratório do Frade. Chefiava-a o Dr.
Américo Ribeiro Coelho e se compunha dos Drs. Olinto Couto de Aguirre,
Afonso Schwab, Heráclito Amâncio Pereira, Américo Poli Monjardim,
Augusto de Aguiar Salles, poeta e jornalista Abílio de Carvalho e do
autor. Partindo de automóvel, às 9 horas, depois de atravessar a rua 1º
de Março, avenida da República, Vila Rubim, ponte Florentino Avidos e
estação da Leopoldina Railway chegava ao término do bom caminho.
Primeiro por arrepiantes escadarias, depois por vielas escabrosas foram
atingidas as primeiras elevações do morro das Argolas e após curto
espaço de campo as vertentes do Frade. Ilusória impressão de suave
escalada se oferecia à vista da extensa e larga rampa de capim, crestado
pelo sol, sem um obstáculo sequer. A ascensão começou e tão pronto as
solas dos sapatos adquiriram suficiente verniz os escorregões começaram a
amiudar à proporção que progredia encosta acima. A pretexto do panorama
algumas paradas foram feitas. Vencida a encosta sentaram-se todos à
sombra das grandes árvores que dominam o cerrado capoeirão, onde cipós e
trepadeiras formam perfeita barragem, cabendo às pequeninas palmeiras,
inçadas de espinhos, o papel de armadilhas antiataques e aos insidiosos
pinões os de minas subterrâneas.
Como conhecedores da pedra os Drs.
Olinto e Américo Coelho foram destacados para encontrá-la, enquanto os
demais recuperavam as forças. Ofereci-me para acompanhá-los e dentro em
pouco estávamos perfeitamente perdidos no meio dos matos. Em marchas e
contramarchas cada vez mais se desorientava o Dr. Olinto, muito embora
não se quisesse dar por vencido. Por azar foi no emaranhado de gravetos e
folhas secas perder o monóculo, E por mais estranho que pareça foi mais
fácil achá-lo que à pedra do Oratório! Diante do impasse cada um tomou o
seu rumo, Rumando para leste, indiferente aos obstáculos cheguei à
clareira de antigo roçado, onde, sem possibilidade de erro, erguia-se a
famosa pedra. Alertados, os companheiros não tardaram chegar, exceto o
Dr. Coelho, que não encontrou a pedra e se perdeu dos amigos.
Por si só o obstáculo da pedra compensa
as canseiras e se harmonizando com o que de lá se descortina é apenas
surpreendente. A imponente orografia de Vitória barra a mirada para o
norte com o verde luxuriante das matas e o bronzeado severo dos cabeços
graníticos e, mais abaixo, extasiam-se os olhos com a filigrana burilada
pelas águas no litoral caprichoso. O casario, descendo dos morros,
debruça-se como donzela faceira sobre o espelho esmeraldino e num
crescendo de belezas se perde para lá dos salientes que formam a barra.
Para o sul, para oeste, para leste, tudo
respira grandeza, quer na vastidão marítima, na placidez das campanhas
ou no espinhaço ondulante das serras.
A pedra do Oratório, propriamente dita
faz parte de um grupo de cinco, sendo a maior e mais importante
alongando-se de leste para oeste. Mais comprida que larga, apresenta na
parte mais saliente cerca de sete metros, e cinco na maior largura, que é
na base, estreitando-se à medida que se eleva em forma de cone. Ao
rés-do-chão abre-se a cavidade que lhe origina o nome, Mede dois metros e
oitenta, sentido vertical, e três sentido horizontal, com pouco mais de
um de profundidade. Em frente, como se fora um altar, prolonga-se
extensa lasca de pedra por toda a largura e, à proporção que sobre,
coisa de 1,80, afina-se, deixando a impressão de uma imagem à entrada do
oratório.
Não poderia ter sido mais feliz o
batismo, Alguns pretendem ver na pedra o fruto do trabalho do homem:
outros a colaboração do homem com a natureza. Nada autoriza qualquer das
hipóteses. A natureza por seus agentes é a única responsável por tudo
que ali se vê. Por improvável a ação eólica é posta à margem. Os ventos
dominantes são os do sul e do norte, também os únicos capazes de uma
ação eficiente sobre rochas da consistência do gnaisse. A face
trabalhada situa-se, justamente a oeste, vento brando e raríssimo na
região. O próprio anteparo que se estende na abertura da cavidade milita
contra a hipótese. Cavidades semelhantes ostentam diversas rochas de
Vitória, igualmente situadas ao abrigo dos ventos.
Hoje ninguém ignora que os mais altos
picos do sistema orográfico vitoriense, como das regiões vizinhas, nada
mais eram que ilhas disseminadas no grande oceano que cobria as terras
antes do seu levantamento, Como os demais, o Frade participou do mesmo
destino. Meio submerso, o Oratório dez parte do pequeno grupo insular
que era então o morro e com ele arrostou as cóleras do mar primitivo, os
embates das grandes vagas e os efeitos destruidores da abrasão, mais ou
menos sensíveis, de acordo com a natureza e estrutura das rochas;
perfil da costa; direção e impetuosidade das vagas; profundidade do mar e
certa distância da costa.
Todos os indícios conduzem a uma só
dedução: a cumiada do Frade formava uma ilha solitária, sentinela
avançada do arquipélago terciário de Vitória e como tal diretamente
exposta aos rudes assaltos do mar., Resumindo, observa-se na pedra do
Oratório o que se denomina de marmita. São essas marmitas formadas nas
rochas mais resistentes pela presença, no interior nas mesmas, de seixos
esferoides, não raro grandes, que acionados pela agitação das águas
determinam o crescimento progressivo das mesmas.
Uma particularidade histórica encerra a
pedra do Oratório, A tradição de um nome ilustre – o dos Torquato.
Através da pequenina localidade de São Torquato conseguiu ele chegar até
nós, assim mesmo vego, impreciso, sem cunho pessoal, como o de muitos
outros santos, sem nada mais exprimirem que o fervor, a devoção
religiosa dos seus fundadores.
O condestável Torquato, homem de boa
linhagem e larga pecúnia, era senhor das terras em que se assentam
Argolas e São Torquato. O padre Torquato, seu filho, ao levantar as
divisórias de seus terrenos, deixou como um dos marcos as suas iniciais
esculpidas no centro da cavidade do Oratório, ainda hoje bem visíveis. O
“T” e o “P” formam um só corpo, O braço do “T” apresenta dois floreios
nas extremidades, como duas argolas, enquanto a haste vertical repousa
sobre curta barra horizontal. É na própria perna do “T”, no ângulo
direito, logo abaixo do travessão, que um traço, em semicírculo, une as
duas hastes formando o “P”, originalidade muito a gosto dos antigos.
Fonte: Vitória Física (Geografia, História e Geologia), 1995Autor: Adelpho Monjardim
Compilação: Walter de Aguiar Filho, julho/2012
Compilação: Walter de Aguiar Filho, julho/2012
texto retirado do site morro do moreno - www.morrodomoreno.com.br
agora uma imagem da pedra vista da zona rural
o oratorio
o oratorio é uma parte rochosa no topo do morro com formato parecido um altar contendo orifícios
fotos antigas encontradas na net - www.morrodomoreno.com.br e blog fotos antigas
bom gente
o local é pouco divulgado na internet
divulguem!!